A começar pelo título, o longa é pura poesia.
Emocionou-me o balé de imagens da fotografia maravilhosa: sapatos que "falam", pernas que dialogam, braços que quase se tocam.
Chorei muito durante a exibição.
Não. Não é triste o filme. Mas, a forma como se pode dizer tanto a partir das imagens tocou-me profundamente. O uso das cores marcantes, os cortes precisos, as cenas em que se "vê" o toque sutil do personagem que enxerga com as mãos...tudo é um convite a sentir a beleza do amor, dos encontros, dos abraços e das partidas.
Penélope Cruz - cercada por excelente atores - está maravilhosa. Confere verdade a uma personagem que tinha tudo para ser um clichê. Desenha nuances, medos, conflitos, vontades e contra-vontades. Além de colocar sua beleza estonteante e camaleônica à serviço da humanidade de Madalena.
Por fim, pensei muito sobre a metáfora do título. Em várias cenas, há braços que quase se tocam e abraços que se desfazem de maneira bruta. Alguns pelo medo. Outros, pelas circustâncias.
No entanto, há aqueles que de fato arriscam o envolvimento, o salto, a proximidade entre a cadência das batidas do coração, o toque das mãos e dos corpos que se cruzam. Para esses, tudo é possível. Até mesmo amar aquilo que jamais poderão possuir.
doida pra ver :)
ResponderExcluirObrigada pela visita ao meu blog!
ResponderExcluirVim retribuir!
Feliz 2010!
Eu estava passando pelo seu blog, para ler o post sobre 'Abraços Partidos' e ai resolvi passar aqui, para dizer que tenho muito orgulho de ter tido uma professora como você, sensível, amiga e uma excelente profissional. Estava me lembrando das suas aulas, dos seus 'troféis jóinhas' , haha, pois é, o tempo passa. Mas acredite, você é uma pessoa muito especial, viu Dê.
ResponderExcluirOntem terminei de ler 'As intermitências da morte' do Saramago, e como vi sua post sobre 'A viajem do elefante' indico para você, lêi-a se puder. Mesmo.
Um grande beijo,
de uma menina que aprendeu muito com suas aulas e te admira muito,
Inaiara.