segunda-feira, 8 de junho de 2009

Algum dia - Peter H. Reynolds

Há alguns anos, achei esse livro numa prateleira dessas que costumam encher meus olhos nas andanças pelas livrarias afora.
Fui atraída pelo título, pela capa e quando descobri o conteúdo, entendi que não poderia ficar sem ele.
Curiosamente, nós nos encontramos (eu e o livro) em um ano no qual várias amigas próximas descobriram-se grávidas. Comprei-o para mim e, depois, seguidamente, fui presenteando cada uma delas com um exemplar. Sobrou apenas um. O meu. O qual já li nas oficinas do projeto "Letras de luz" em 2008 e que sempre folheio pensando se algum dia poderei fazer minhas as palavras do autor...
Sonho da maior parte das mulheres que, em alguns casos, torna-se uma pressão enorme para as solteiras depois dos 30, a tal maternidade ainda é uma questão não resolvida para mim. Não só pelo fato de não ter um parceiro a quem possa atribuir o papel de co-participante dessa empreitada, mas, porque imagino que essa deve ser uma escolha muito desejada. Sentida. Não posso nem dizer, pensada porque como bem diz o ditado, "quem pensa, não casa". Acho que só se aventura nessa jornada quem se lança. E confesso: ainda me sinto um pouco covarde para esse salto.
O livro é um convite à beleza da continuidade que nos motiva a povoar cada vez mais o mundo.
Não somos eternos. Mas, parte de nós pode seguir adiante naqueles que amamos e aos quais desejamos trazer à vida. E, embora não tenha ainda experimentado a batida de um outro coraçãozinho aqui dentro, senti a emoção desse pedaço de eternidade na primeira vez em que vi meu sobrinho - Arthur - no colo da minha irmã, depois, a chegada do Pedro com todas os traços que herdou de mim e, agora, com a sempre boa nova de que mais gente vem chegando a nossa família: minha cunhada está grávida!
Foi para ela que dei o meu exemplar desse livro.
A vida não pede mesmo licença e nos enche da promessa de alegria!
E é por isso que imagino, sempre que um novo ser começa a ser gestado (mesmo que apenas no sonho), passamos a imaginar que algum dia, um pedacinho de nós vai "passar o dedo na vida" e experimentá-la com toda intensidade. E só por isso, por sabermos que sentiremos a maior experiência de amor possível, talvez valha à pena sonhar, desejar e trazer ao mundo esse alguém.
Fiquei sem o meu exemplar e, certamente, comprarei outro. Ou, quem sabe, algum dia o ganharei de presente quando o desejo da maternidade bater à minha porta?

4 comentários:

  1. Que texto lindo! Cadadia que leio o seu diário, sinto desejo de seguir em frente com muitas esperanças na ,e pela educação. Quanto às sua palavras sobre maternidade ou gerar filhos, não fique preocupada, pois Deus está escrevendo sua história e não podemos ver e nem saber como será , pois Ele vê e faz do alto ,não do nosso ponto de vista ou com o nosso olhar. Saiba que "gerar" filhos é muito mais que carregar dentro da barriga. É o que você faz cada dia com seu trabalho, com amor, com prazer.... e pode ter certeza que você é responsável por gerar muitos filhos ,que você não consegue contar. Um grande abraço e continue gerando cada vez mais! Eu sou uma deles.rsrsrsJanaina

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  2. Achei uma reportagem super legal sobre ter (ou não) filhos.

    É da revista Vida Simples. Manifestem suas opiniões.


    http://vidasimples.abril.com.br/edicoes/081/pensando_bem/conteudo_478328.shtml


    Beijo,

    Vanessa.

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  3. ô...quem dera ser sua cunhada só pra ganhar esse livro!
    beijos...

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  4. Bom, eu sou uma das amigas-mãe presenteadas com o livro... Livro lindo de morrer, desde o pacote de presente até o interior, de ilustrações e texto delicados. O que só o meu tem, no entanto, é a sensível e poética dedicatória, que o torna único.
    Adorei o blog, vou acompanhar.
    Beijos querida!
    Mariana

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