O ritmo da leitura nem sempre corresponde ao tempo necessário para comentar as descobertas que elas me trazem.
Por isso, optei, nesse post, por colocar a lista, seguida de brevíssimos comentários, do que li/vi nesses dias:
Entre os muros da escola de François Bégaudeau. França, 2008.
Podia ser aqui do lado. Na escola que seu filho/seu irmão frequenta. Onde quer que seja, fica evidente que a forma que escolhemos para ensinar está em crise. E, para mim, o problema da relação professor-aluno é só um reflexo da falta de humanidade que temos experimentado em muitas outras esferas disso que chamamos de sociedade.
Faz pensar...
A questão humana de Nicolas Klotz. França, 2004.
Esse foi indicação do Val. E quando ele diz que é bom, pode conferir que vale à pena. O filme propõe uma boa reflexão sobre a eugenia, a qual condenamos tanto na história passada e que se faz tão presente no mundo corporativo dos dias de hoje. Queria poder dizer mais, mas durante a exibição tivemos que lidar com "a questão humana" de uma pessoa extremamente gripada sentada na fila de trás, que nos "presenteou" com frequentes fungadas durante os quase 180 minutos de exibição. Ninguém merece.
Meu nome é vermelho de Orhan Pamuk. Cia das Letras, 2004.
Esse eu li nas férias de janeiro. Há tempos queria postar um comentário aqui. São 19 narradores nos contando uma série de assassinatos. Em um dos capítulos há uma das descrições mais lindas que já li sobre o momento da morte. Sim, a passagem para "o outro lado" pode ser bonita e suave. Coisas que só mesmo a boa literatura pode fazer.
Watchman. Alan Moore e David Gibbons. Conrad, 1985.
Depois de ver o filme, me emprestaram os quadrinhos. Tive o privilégio de ler uma edição da época em que foi lançado. Páginas amareladas, algumas folhas se soltando...retratos de um outro tempo. Li devagar, saboreando cada página. Com medo que acabasse, de tão bom que estava. Não é à toa que foi/é tão cultuado até hoje. Vale à pena resgatar essa obra.
Toda casa precisa de varanda. Rina Frank. Record, 2009.
Esse foi um dos presentes que ganhei de aniversário. Trata-se de uma autobiografia que narra o cotidiano de uma família romena vivendo em Israel. Mais um retrato da cultura oriental, a qual tem despertado tanto nossa curiosidade nos últimos anos. Coincidentemente, nessa última semana, ao visitar alguns apartamentos, pensei que o título da obra é mesmo bastante pertinente. Toda casa precisa ser um refúgio, sem deixar de se manter aberta para o mundo. Sim, toda casa precisa de varanda para que os horizontes sejam maiores e a vida possa encontrar passagem. Sempre.
Denise, os comentários estão ótimos e até me deu vontade de ler esse de Orhan Pamuk. Cheguei a ler Neve, mas confesso que não me capturou como deveria. Vou tentar novamente.
ResponderExcluirNão sei se você conhece, mas tem um autor Húngaro que gosto muito: Sándor Márai. Li vários livros dele, mas recomendo Brasas e Divórcio em Buda ambos muito bons... As temáticas são bem existencialistas e no final dos livros você fica com um estranho amargo na boca...
Olá Denise, como vai?
ResponderExcluirAmei o blog, ficou bem legal!
Ja estou trabalhando com nossos diários !!!
Muitas coisas pra contar...
Nos vemos em breve!!
Estou anciosa por novidades!!
Um abraço
Boa semana
Clege,ES