
Um dos problemas de ser apaixonada por leitura é a atração irresistível que as livrarias exercem sobre a gente.
Comigo é sempre assim: entro para ver. SÓ PARA VER. E sempre, SEMPRE saio com alguma coisa.
Algumas vezes, chego com um interesse específico. À procura de um determinado título e, até encontrá-lo, já descobri muitos outros e lá se vai mais um livrinho!
O problema é que eles colocam tudo ali: à disposição. Fácil, fácil. Como doces, deliciosas sobremeses (para quem gosta delas). Aí complica.
Foi assim que encontrei esse livro: "Diário de um apaixonado - Sintomas de um bem incurável", sorrindo, maliciosamente, para mim lá de uma das prateleiras da tentadora seção de livros infantis da Livraria Cultura.
Além do título, chamou minha atenção o autor: Fabrício Carpinejar.
Há muito tempo atrás fui apresentada ao seu blog pela Dé, irmã da Cris Tavares. E adorei os seus textos.
No caso desse livro, o tema é desafiador e o risco de cair no clichê é grande.
Mas, não é o que acontece.
Fabrício define alguns comportamentos desse estado de um jeito divertidíssimo. Me identifiquei com muitas delas:
"O apaixonado é um comovido à toa."
"Ele larga seus hábitos,para conhecer verdadeiramente quem ele gosta. Faz greve de sua personalidade." (E não é verdade?)
"O apaixonado faz de conta que não está amando para se surpreender com a notícia."
"...por que os apaixonados saem para jantar se não comem?"
"O homem está apaixonado quando explica sua infância. A mulher quando não fala mais dela."
"Passa a se amar menos, para que o amor-próprio não rivalize com sua paixão". (Essa é ótima)
"Todo apaixonado sofre de prisão de ventre."
"O celular do apaixonado está fora da área de cobertura ou desligado."
E a mais deliciosa de todas:
"O apaixonado gosta de saber se o par está sentindo o que ele está sentindo, mas precisa ser igualzinho." (Essa é para nós, mulheres.)
Para ler, rir e desejar a paixão sempre.